Em 2003, Jack Black ajudou um empreendimento muito original a dar uma guinada nos negócios. O filme "Escola de Rock" ("The School of Rock") mostrou os bastidores de uma instituição de ensino nada convencional que tem como objetivo formar rock stars. Como se sabe, a história foi inspirada em uma rede verdadeira, que já conta com 110 unidades pelo mundo, e acaba de chegar ao Brasil, com sua primeira filial inaugurada no último sábado em São Caetano do Sul.
— Não somos uma escola de música, somos uma escola de performance. Não prometemos e nem é nosso objetivo que o aluno saia daqui sabendo música em nível acadêmico — diz o guitarrista Ricardo Fernandes, de 23 anos, que conta a parceria de três sócios no empreendimento, cujas profissiões são engenheiros e dentista. — A garotada tem aparecido aqui querendo tocar rock, inspirada em bandas clássicas, como Rolling Stones, AC/DC, Iron Maiden, além das nacionais Titãs, Ira! e Paralamas do Sucesso.
Incentivo é o que não falta para que os alunos, que têm entre sete e 18 anos, se tornem músicos renomados, com aulas de composição, estúdio fonográfico e história do rock. A School of Rock tem um convênio com a edição americana do Lollapalooza (e já está em conversas com a brasileira), e os melhores alunos integram o line-up, abrindo o show de bandas importantes do rock mundial.
— Já na primeira semana, um aluno que começou do zero tem condição de tocar algumas músicas. Isso é importante para incentivá-los, além de verem que seus colegas de escolas americanas já abriram shows de Black Sabbath, Red Hot Chilli Peppers, Roger Waters, e o mesmo pode acontecer aqui.
A previsão é de que no próximo mês a segunda filial seja aberta em Moema, bairro da Zona Sul de São Paulo. Já com 50 alunos matriculados em cursos que custam entre R$ 160 e R$ 300, Fernandes explica que tem como objetivo reunir 200 roqueiros para começar a expandir o negócio em todo o Brasil. No time de profissionais, estão donos de estúdios ou instrumentistas que acompanhem músicos renomados.
Fonte: O Globo
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