quinta-feira, 16 de maio de 2013

Jogos Mentais #1 Games e Cultura


Games e Cultura



Sendo um estudante de intercâmbio, eu sei como é estar em outro pais, vivenciar outra cultura. Isso é esperado de mim, afinal vim para outro país com a intenção de conhecer o local, hábitos, costumes, tradições e pessoas do país.


Gosto muito do Youtube, acho uma excelente midia e sempre que estou entediado posso procurar por qualquer conteúdo que desejar. Conheci trabalhos de pessoas extraordinárias através do Youtube, um guitarrista peruano que agora toca em uma banda canadense, um inglês que vive nos Estados Unidos e faz primeiras impressões de jogos, um brasileiro que agora mora no canada e tem a vida que muitos gamers gostariam de ter, entre outros.

Mas hoje, um vídeo me chamou a atenção para um fato que nunca havia pensado antes: games de outras culturas, mais especificamente o vídeo se tratava de games russos. Não vou entrar em detalhes específicos pois esse não é o que quero tratar. Grande parte dos games de maior relevância atualmente são feitos nos EUA, Japão ou Reino Unido. Estamos tão acostumados com as características desse trio de país que não nos paramos pra perguntar ‘‘E se Call of Duty fosse produzido por um time Argentino? Seriam os inimigos Russos? Ingleses? Brasileiros?’’ ou ‘‘Sonic na África?’’, ‘‘Street Fighter: Pequim?’’. Fico imaginando que influencias a cultura desses países teria no desenvolvimento de jogos.

Acho que a serie que mais se aproxima de uma troca cultural é Assassin’s Creed. Confesso que quando estive em Roma pensei ‘‘Isso tudo me parece muito familiar... Eu já não estive aqui antes?’’. Então me toquei que já corri pelos telhados, lutei no Coliseu e escalei o Castelo de Santo Angelo como Ezio em Assassin’s Creed II. A sensação de familiaridade que tive com os locais históricos foi imensa. Claro, o jogo foi produzido por uma equipe norte-americana, então é óbvio que as ruas, alguma parte da ambientação, devem ter algumas características modernas e/ou dos EUA. Afinal é  um jogo que se passa em uma época passada, onde nenhum dos desenvolvedores viveu. E mesmo se o jogo se passasse nos dias de hoje, com certeza teriam detalhes da cultura norte-americana.




Agora imagine se tivéssemos maior contato com outras culturas através dos games. Coisas que apenas as pessoas que vivem no pais/cidade/região sabem poderiam ser ‘‘vividas’’ por alguém jogando milhares de kilometros de distância. Nesse aspecto jogos tem muito potencial a ser explorado, pois  cada vez mais a imersão nos jogos se aprofunda, e se sentir parte – e entender – uma nova cultura é uma experiência única e que expande o seu horizonte de uma maneira muitorovar que esta e uma midia influente e que pode ter o mesmo impacto que arte, musica, livros e filmes. grande.

Felizmente, a indústria dos jogos esta apenas engatinhando em vários países, e temos muito para conhecer, descobrir e vivenciar com jogos de outras culturas. Mas isso não é o suficiente para que vídeo games deixem de ser vistos como ‘‘brinquedos’’ e ‘‘coisa de criança’’, ainda é necessário provar que esta e uma midia influente e que pode ter o mesmo impacto que arte, musica, livros e filmes.

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