terça-feira, 21 de maio de 2013

Em Transe: Uma viagem hipnótica e alucinógena de Danny Boyle



Em 18 de março de 1990 ladrões disfarçados de policiais entraram no museu Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston, e roubaram treze obras de arte. Considerado o maior roubo de obras de arte da história dos Estados Unidos, até hoje o caso não foi solucionado. Em 18 de março de 2013, o FBI relatou que identificaram os ladrões do tal roubo, mas que não descobriram o paradeiro das obras. Uma das pinturas roubadas foi "A Tempestade no Mar da Galiléia" (The Storm on the Sea of Galilee, 1633), do holandês Rembrandt. A famosa obra é conhecida por ter o próprio pintor representado, olhando em direção ao observador, podendo ser considerada como um auto-retrato. Esta mesma obra está contida na realidade paralela de Em Transe, novo filme do diretor oscarizado Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário?, 127 Horas, Trainspotting, A Praia, Cova Rasa e Nightwatch).


"Em Transe" conta a história sobre um assalto a obra "Voo das Bruxas" (Vuelo de Brujas, 1797), do espanhol Francisco Goya, o roubo é orquestrado por Franck (Vincent Cassel - Satã, Mesrine, Um Método Perigoso, Cisne Negro) com a ajuda do endividado Simon (James McAvoy - X-Men - Primeira Classe), um dos responsáveis pela segurança do quadro. Na correria do assalto, Simon leva uma pancada na cabeça e esquece onde escondeu a obra. Então, para ajudar com sua memória, os ladrões recorrem a Elizabeth (Rosario Dawson - Fogo Contra Fogo, O Zelador Animal), uma especialista em hipnose. A trama se constrói em inúmeras reviravoltas, muitas revelações, mind fuck entre outras coisas...


Com roteiro de John Hodge (amigo de Boyle, e fiel escudeiro desde os tempos de Trainspotting - Sem Limites) e usando a mesma história do filme feito pra TV de 2001 escrita por Joe Ahearne,

O filme nos prende, mente na nossa cara a cada segundo e quando percebemos, estamos imersos e psicóticos na busca da conclusão.


Infelizmente o longa pecou, pois nada é perfeito, e não abriu muita margem para comentários que não resultem em spoiler, porém, devo ressaltar um lado que encontrei negativo no longa. Uma especie de realidade alternativa, onde você pode roubar um quadro e não aparece um "puto" de um policial, detetive ou o que seja para investigar. O filme é fechado em meio a busca desta obra a partir da hipnose e as reviravoltas.

A trilha sonora pop em excesso, deixou a desejar também, mas a conclusão faz com que todos os problemas sejam esquecidos.





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