segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Welcome to the Django! (Eu disse que faria esta piada ridícula)



Quentin Tarantino. Este é o nome de um visionário diretor de cinema, que usa em cada filme a mesma técnica, mas de uma forma diferente e desta vez, lança o que pode se dizer... quase uma obra-prima.

Assim como trabalhos anteriores de Tarantino onde o foco é a vingança, Django Livre não faz diferente, não faz feio e não faz o mais-do-mesmo. Desta vez, Tarantino se baseou no bom e velho Western Spaghetti, nos banhos de sangue de Kill Bill e na Ópera "As Valquirias" de Wagner.

Este "romance" de Tarantino, conta a história de um escravo, que busca por seu amor, o qual a lhe foi tirado há muito tempo.

- Só isso o filme?

Não! O filme é muito mais que isso. No primeiro ato, um simpático dentista/assassino, compra a liberdade de Django de uma forma bem fora do comum, e durante está primeira hora de filme, vimos o amadurecimento do personagem de Jamie Foxx (Django, de um escravo, a caçador de recompensas e vamos sendo cativados mais uma vez por Christoph Waltz (Dr. Schultz). A medida que o filme vai passando e os personagens são cada vez mais explorados, você vai passando a ter uma certa afinidade para com eles.


Como de costume, Tarantino vai apresentando cada personagem ao decorrer do filme, você fica se perguntando: "Cade o Leonardo Di Caprio?", "Cade o Samuel L. Jackson?". Calma! Não se desespere, cada coisa vem ao seu tempo e tempo é o que não falta neste longa de 2 horas e 45 minutos. Isso tudo? Passa muito, mas muito rápido mesmo.

Cada atuação deste filme é incrivelmente fantástica, Di Caprio arrebenta como um vilão que você não consegue odiá-lo, pelo simples fato dele estar meio que certo... rs
Samuel L. Jackson interpreta um dos papeis mais engraçados de sua carreira, cada vez que ele dizia algo, o cinema morria de rir e por último e não menos importante, Quentin faz uma participação épica neste título.


O filme vai te prendendo musicalmente desde os créditos iniciais com a música tema "Django" de Luis Bacalov & Rocky Roberts, mais para o meio com James Brown, Samuel L. Jackson e Jamie Foxx com a música Stephen the Poker Player e algumas música de meu ídolo Ennio Morricone.

O filme me fez voltar ao passado, mais especificamente nos anos de 1960 e 1970, onde eram filmadas tomadas com cenários incrivelmente ricos, com campos e montanhas, zoom in zoom out, no maior estilo Sergio Leone ( homem que ressuscitou o gênero western) e Clint Eastwood (que a propósito, poderia ter feito uma ponta no filme).


Algumas pessoas falaram que se tratava de um filme com o roteiro extremamente racista, mas não é bem por ai. Sim! há cenas que chocam o espectador pela crueldade, mas que ao mesmo tempo, levam à reflexão. Nenhum diretor até hoje, ousou fazer um bom filme que esclarecesse bem o racismo.

Cada vez que assisto filmes de Tarantino me pergunto: "Por quê não existem mais diretores como ele? Por quê Hollywood tem tanta gente vendida fazendo mais do mesmo?"

Como era de se esperar por muitos, minha nota para o "Django" é 10. Sou fã de wertern e há tempos estava esperando por algo assim.

Django Livre é uma Obra-Prima e com certeza merece um Oscar dentro das 5 categorias a qual está concorrendo, basta esperar.


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